História
Pokémon é a criação do programador japonês Satoshi Tajiri e seu amigo, o desenhista e designer Ken Sugimori. Após seus primeiros jogos, vários outros foram produzidos, num total de 43, e a série se expandiu para vários mangás, um jogo de cartas oficial, um anime, hoje em sua 12ª temporada, e 12 filmes já lançados, além de um 13º em produção. Pokémon tornou-se um marco na cultura pop dos anos 90 até 2003[1] e a venda de seus jogos ultrapassou 180 milhões de unidades em todo o mundo,[2] o que levou a série a ser a segunda mais vendida da Nintendo[3][4][5] e também de todo o mundo,[6] ambas as vezes atrás apenas de os jogos da série Mario Bros. A origem de toda a série são os video games feitos para os consoles da Nintendo. As características principais dos jogos de Pokémon são a necessidade de colecionar diferentes monstros e a opção de escolher quais farão parte do grupo do jogador e como serão treinados. Várias vezes, os jogos foram considerados inovadores no quesito conexão[7][8] já que a partir de Pokémon Red, Blue & Green a ligação entre videogames era possível, conectando-se dois Game Boys através do cabo Game Link e permitindo a troca de Pokémon e batalhas entre os jogadores. Criados pela empresa Game Freak, os jogos de Pokémon tinham o intuito de interagir com os jogadores e fazê-los interagirem com outros, batalhando e trocando os Pokémon de uma versão para outra. Os video games de Pokémon conhecidos como RPGs Originais sempre seguem um roteiro definido, que é o de capturar todos os Pokémon possíveis, ser o campeão ganhando dos maiores treinadores da Região e também derrotar uma organização criminosa que almeja dominar o mundo.
Após os primeiros jogos, os criadores fizeram um anime, que marcou o início da "invasão" de Pokémon ao Ocidente no final da década de 90 e também proporcionou[1] a vinda de outros animes como Dragon Ball e Dragon Ball Z, Sakura Card Captors e Digimon (considerado o maior rival do desenho de Pokémon). Com mais de 620 episódios exibidos no Japão,[9] o anime de Pokémon é o quinto desenho animado há mais tempo em exibição nos Estados Unidos da América, sendo superado apenas por Os Simpsons, O Rei do Pedaço, Arthur e South Park.[10] No Brasil foi lançado um CD intitulado Para Ser Um Mestre, da gravadora Abril Music, com as canções em português e todos os artistas são brasileiros.
Criação
Quando jovem, Satoshi Tajiri tinha como passatempo a entomologia.[11] Quando cresceu, Tajiri decidiu não fazer uma faculdade e sempre se demitia dos empregos que seu pai dava para jogar fliperamas, até que resolveu fazer um curso técnico e depois criou sua revista, conhecida como GameFreak. Trabalhando na revista, Tajiri conheceu Ken Sugimori, com quem fez amizade e trabalhou por um longo tempo.
Com o crescente sucesso do NES, os dois resolveram criar algo inovador para o console. Tajiri transformou a revista em uma empresa, a Game Freak, e começou a trabalhar em um jogo. Lançado em 1989, o jogo de puzzle Mendel Palace (Conhecido no Japão como Quinty) fez um sucesso razoável e marcou o início da história da empresa. No ano seguinte, os dois resolveram criar um jogo para o Game Boy, que tinha feito um grande sucesso com Tetris. Ao ver o cabo de Game Link, Tajiri pensou na ideia de passar informações de um Game Boy a outro. Influenciado por séries como Final Fantasy e Dragon Quest e associando a ideia com a metamorfose, Tajiri criou um RPG onde monstros podiam evoluir e serem passados de um portátil a outro.[12]
Levando o projeto à Nintendo, Tajiri, que tinha a ideia elementar, e Sugimori, que tinha os desenhos dos monstros, receberam conselhos de Shigeru Miyamoto, criador de Super Mario Bros. e The Legend of Zelda, para aprimorarem o jogo, na época conhecido pelo nome de Capsule Monster.
A produção durou dois meses. Neste meio tempo, a Nintendo já estava em declínio e a Sony, sem ideias para o portátil. Poucos da Game Freak acreditavam que o jogo faria sucesso e até mesmo com falta de recursos, as ações da empresa estavam em xeque com Pocket Monsters. Em Fevereiro de 1996, são lançados Pocket Monsters Red & Green. Inicialmente, o jogo não fez sucesso, mas à medida que os meses passavam, mais unidades eram vendidas, até chegar a marca de um milhão de cópias em um ano.[12]
A Nintendo, então, decidiu levar a série para o Ocidente. Porém, o nome foi rebatizado por Pokémon por existir uma série da Mattel conhecida como Monster in My Pocket e também por ser lançado pouco depois do ataque epiléptico no Japão em virtude do episódio envolvendo Porygon, um dos Pokémon. A série tornou-se um sucesso estrondoso nos Estados Unidos, com Pokémon Red & Blue vendendo mais de 200.000 cópias na primeira semana. A série tinha um slogan, que não é mais usado. No Japão era conhecido como "Vamos Pegar Pokémon!" (em japonês: ポケモンGETだぜ! Pokemon Getto Daze!?), que se tornou a famosa frase "Gotta Catch'em All!" nos Estados Unidos e ficou conhecida no Brasil como "Pokémon, Temos que Pegar!" e em Portugal como "Pokémon, Apanhá-los todos!"